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Como treinar o olfato, uma das áreas que podem ser afetadas após a contaminação da Covid-19

Diferente de outros vírus respiratórios, o coronavírus ocasiona em uma inflamação local no epitélio olfatório, comprometendo a chegada dos odores para o órgão responsável pela captação do olfato. “O impacto na qualidade de vida do paciente com anosmia, que é a perda total da capacidade de sentir cheiro, é significativo. Sem essa aptidão, a pessoa corre mais risco de acidentes domésticos, como não identificar o vazamento de gás de cozinha ou ingerir alguma comida estragada, isso sem contar a angústia por não conseguir apreciar o sabor dos alimentos, bem como a insegurança em questões de higiene por não sentir o cheiro do próprio corpo”, explica o presidente da Academia Brasileira de Rinologia e médico Fabrizio Ricci Romano.

 

A perda dessa capacidade pode afetar profundamente o bem-estar de uma pessoa, como a criadora do AbScent, Chrissi Kelly, que relatou ao BBC Mundo cair em uma depressão profunda entre seis e nove meses depois da perda do olfato – o caso dela foi resultante de uma infecção viral em 2012, mas o relato se enquadra aos pacientes infectados pela Covid-19. "Há algo fundamental que eu gostaria que as pessoas entendessem. Perder o olfato é um duro golpe para o seu bem-estar. Afeta todos os aspectos da sua vida. Você sente como se tivesse perdido o sentido de quem você era", diz.

 

Porém, existe um método para acalmar esses pacientes. Não se sabe desde quando o treinamento olfativo existe, mas clinicamente tem sido usado há mais de uma década. Essa reabilitação consiste basicamente em inalar odores diferentes, concentrando a mente, pelo menos duas vezes ao dia. Na maioria dos casos são utilizados quatro frascos com cheiros diferentes em cada exercício. 

 

Segundo Patricia Portillo Mazal, otorrinolaringologista e especialista em olfato e paladar do Hospital Italiano de Buenos Aires, as inalações devem ser curtas, diárias e devem ocorrer por mais ou menos 20 segundos em cada cheiro. A especialista faz com que seus pacientes preparem seus próprios kits: "Tenho duas variantes. Uma é com óleos, que podem ser de frutas, flores, hortelã-pimenta, ou coisas como lavanda, tomilho ou cravo. Os pacientes põem cerca de 40 gotas em um algodão ou em um pedaço de papel, repetindo o procedimento de vez em quando. A outra opção é um kit com as coisas da casa: mando meus pacientes prepararem potes com café, sabão em pó, orégano ou chocolate picado, por exemplo", conta. O fundamental para a especialista é não desanimar no decorrer do tratamento e manter o foco durante o exercícios. 

 

Fonte: BBC e Jovem Pan.

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